Ele tinha sede, muita sede. A vida dele atravessava uma seca persistente. A vegetação dos seus pensamentos ameaçava murchar de dia para dia. A floresta dos seus afectos parecia mais um deserto recheado de cactos do que árvores. Talvez por isso fosse amargo, cortante como os picos dos seus cactos.
Um dia, perdido na blogosfera, procurava quem lhe desse um copo de água, palavras que fizessem renascer os seus afectos. Encontrou-a por acaso, através duma pesquisa no google. Ficou deslumbrado. Às vezes, as suas palavras eram fonte onde os pardais iam bebericar. Outras vezes, eram palavras em catadupa que pareciam cataratas. Outros dias, escrevia como lago tranquilo.
O que ele mais gostava era quando lia nela reflectido o oceano: ora manso, ondas em forma de lã de ovelha; ora bravo, ondas gigantes e avassaladoras. Sabia que tinha encontrado a água mágica que tanto procurava, quando viu florescer uma pequena flor lilás num dos seus cactos.
Agora só queria ser barco para poder navegar nela para sempre…
Jacky (15.11.2005)
E temos uma história de amor, linda!
Belo! 🙂
Um texto que dá sede, sem dúvida! 😉
Eu encontrei o meu grande amor através deste novo mundo virtual. Muitas pessoas pensam que estas historias que nascem a partir de situaçoes invulgares sao fantasiosas e não tão verdadeiras pela simples razao de serem invulgares..mas penso que as grandes e mais importantes paixoes nascem assim: por acaso…
Quando há amor, nada mais interessa do k o mundo srcreto k as 2 pessoas partilham, e so elas saberão a verdade deles 😉